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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Perdão de Deus

Perdão de Deus – O que é necessário?
A Bíblia nos ensina qual é o dispendioso requerimento para o perdão de Deus: "Sem derramamento de sangue, não há remissão" (Hebreus 9:22). No Antigo Testamento, os sacrifícios contínuos de cordeiros puros eram necessários para satisfazer a ira e julgamento de Deus. No entanto, Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu em uma cruz romana e tornou-se o sacrifício último e definitivo pelos nossos pecados. Jesus comprou o perdão de Deus em nosso nome quando se tornou o Cordeiro de Deus e morreu na cruz por você e eu.

"Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus" (1 Pedro 3:18). "...no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" (Efésios 1:7).
Perdão de Deus – Ele pagou o preço
Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. O preço do perdão de Deus é elevado, mas Ele mesmo pagou esse preço. Através do ato amoroso da graça de Cristo, os seguidores de Cristo são eternamente livres da pena e da culpa do pecado. Uma vez que estamos cobertos pelo Sangue de Cristo, Deus não mantém um registro dos nossos pecados. O nosso perdão é total e completo.

"Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo" (Salmo 32:1-2).

"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro" (Isaías 43:25).

"Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões" (Salmo 103:12).




Perdão de Deus – De uma vez por todas!
Um crente recebe o perdão de Deus ao se arrepender dos seus pecados e colocar sua fé em Jesus Cristo para a salvação – assim todos os seus pecados são perdoados para sempre. Isso inclui pecados do passado, presente e futuro, grandes ou pequenos. Jesus morreu para pagar a penalidade pelos nossos pecados, e uma vez que são perdoados, eles estão todos perdoados (Colossenses 1:14, Atos 10:43). No entanto, quando tropeçamos, somos chamados a confessar os nossos pecados - "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9). Sim, os cristãos ainda pecam (1 João 1:8) - mas a vida cristã não pode ser caracterizada como uma vida cheia de pecado. Os seguidores de Cristo são uma nova criação (2 Coríntios 5:17). Temos o Espírito Santo em nós produzindo bons frutos (Gálatas 5:22-23). A vida Cristã deve ser uma vida transformada. Uma pessoa que afirma ser um crente mas ainda continuamente vive uma vida que afirma o contrário deve questionar a autenticidade da sua fé. Os cristãos são perdoados não importa quantas vezes pequem, mas ao mesmo tempo, os cristãos devem viver uma vida progressivamente mais santa à medida que crescem mais e mais em Cristo.

Os Cristãos continuam a pecar depois de serem salvos – não seremos livres do pecado até morrermos ou até Jesus voltar. No entanto, tornar-se um Cristão resulta em uma vida transformada (2 Coríntios 5:17). Uma pessoa deixa de produzir os atos da carne (Gálatas 5:19-21) para produzir o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). Esta mudança não acontece imediatamente, mas ao longo do tempo. Paulo nos diz: "Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Coríntios 6:11).

sábado, 25 de dezembro de 2010

É importante jejuar?

Oração e Jejum – Definição
Oração e jejum são definidos como voluntariamente ficar sem comer para se concentrar em oração e comunhão com Deus. Oração e jejum muitas vezes caminham lado a lado, mas esse nem sempre é o caso. Você pode orar sem jejum e jejuar sem orar. No entanto, quando essas duas atividades são combinadas e dedicadas à glória de Deus, elas alcançam o seu maior potencial. Ter um tempo de oração e jejum não é uma forma de manipular a Deus para que Ele faça o que você deseja. Pelo contrário, é simplesmente forçar a si mesmo a se concentrar e confiar em Deus pela força, provisão e sabedoria de que você precisa.
Oração e Jejum – O que a Bíblia diz
A lei do Antigo Testamento especificamente exigia a oração e jejum em apenas uma ocasião - o Dia da Expiação. Este costume ficou conhecido como "o dia do jejum" (Jeremias 36:6) ou "jejum" (Atos 27:9). Moisés jejuou durante os 40 dias e 40 noites enquanto estava no Monte Sinai recebendo a lei de Deus (Êxodo 34:28). O Rei Josafá pediu que todo o Israel jejuasse quando estavam prestes a ser atacados pelos moabitas e amonitas (2 Crônicas 20:3). Em resposta à pregação de Jonas, os homens de Nínive jejuaram e vestiram-se de pano de saco (Jonas 3:5). Oração e jejum muitas vezes foram feitos em momentos de aflição ou angústia. Davi jejuou quando soube que Saul e Jônatas tinham sido mortos (2 Samuel 1:12). Neemias teve um tempo de oração e jejum ao ficar sabendo que Jerusalém ainda estava em ruínas (Neemias 1:4). Dario, rei da Pérsia, jejuou a noite toda depois de ter sido forçado a colocar Daniel na cova dos leões (Daniel 6:18).

Oração e jejum também ocorre no Novo Testamento. Ana "não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações" (Lucas 2:37). João Batista ensinou os seus discípulos a jejuar (Marcos 2:18). Jesus jejuou por 40 dias e 40 noites antes de ser tentado por Satanás (Mateus 4:2). A igreja de Antioquia jejuou (Atos 13:2) antes de enviar Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária (Atos 13:3). Paulo e Barnabé oraram e jejuaram antes da nomeação dos anciãos nas igrejas (Atos 14:23).
Oração e Jejum – Exigência ou Recomendação?
A Palavra de Deus não especificamente exige que os crentes orem e jejuem. Ao mesmo tempo, o crente definitivamente deve passar tempo em oração e jejum. Muito frequentemente, porém, o foco da oração e jejum é a abstinência de alimentos. Em vez disso, o fim do jejum cristão deve ser deixar de focalizar nossos olhos nas coisas deste mundo e concentrar nossos pensamentos em Deus. O jejum deve sempre ser feito por um tempo definido porque não comer por períodos prolongados pode ser prejudicial para o organismo. O jejum não é um método de punir os nossos corpos, e não deve ser usado como um “método de dieta”. Não devemos orar e jejuar para perder peso, mas sim para ter uma comunhão com Deus mais profunda.

Ao tirar os nossos olhos das coisas deste mundo através da oração e jejum bíblicos, podemos nos concentrar melhor em Cristo. Mateus 6:16-18 declara: “Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.

Oração e Jejum – O que realizam?
Orar e jejuar não são automaticamente eficazes para alcançar os desejos daqueles que jejuam. Jejuando ou não, Deus promete responder às nossas orações apenas quando pedimos de acordo com a Sua vontade. 1 João 5:14-15 nos diz: “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido”. No tempo do profeta Isaías, o povo reclamou porque tinham jejuado, mas Deus não respondeu da forma que eles queriam (Isaías 58:3-4). Isaías proclamou que o ritual externo de jejum e oração, sem a atitude correta no coração, era inútil (Isaías 58:5-9).

Como você pode saber se você está orando e jejuando de acordo com a vontade de Deus? Você está orando e jejuando por coisas que honram e glorificam a Deus? A Bíblia revela claramente qual é a vontade de Deus para você? Se estamos pedindo por algo que não está honrando a Deus ou que não é a vontade de Deus para nossas vidas, Deus não vai dar o que pedimos, quer jejuemos ou não. Como podemos conhecer a vontade de Deus? Deus promete nos dar sabedoria quando pedimos. Tiago 1:5 nos diz: “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada”.

O poder da oração

O Poder da Oração – Quão poderosa é a oração?
O poder da oração não deve ser subestimado. Tiago 5:16-18 declara: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto”. Deus definitivamente escuta as orações, responde às orações e Se move como resposta às orações.

Jesus ensinou: “....Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível” (Mateus 17:20). 2 Coríntios 10:4-5 nos diz: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”. A Bíblia nos exorta: “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6:18).
O Poder de Oração – Como posso me utilizar desse poder?
O poder da oração não é o resultado da oração de uma pessoa. Pelo contrário, o poder reside em Deus, a pessoa a quem estamos orando.1 João 5:14-15 nos diz: “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”. Não importa quem está orando, o fervor por trás da oração ou a finalidade da oração - Deus responde às orações que estão de acordo com a Sua vontade. Suas respostas não são sempre sim, mas são sempre o melhor para nós. Quando os nossos desejos se alinham com a Sua vontade, chegaremos a compreender isso com o tempo. Quando oramos fervorosamente e propositadamente, de acordo com a vontade de Deus, Deus responde poderosamente!

Nós não podemos ter acesso à oração poderosa usando "fórmulas mágicas". Receber uma resposta de Deus não depende da eloquência de nossas orações. Nós não temos que usar certas palavras ou frases para obtermos uma resposta de Deus. Na verdade, Jesus repreende aqueles que oram com repetições: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6:7-8). Orar é comunicar-se com Deus. Tudo que você precisa fazer é pedir a Deus por ajuda. Salmo 107:28-30 nos relembra: “Então, na sua angústia, clamaram ao SENHOR, e ele os livrou das suas tribulações. Fez cessar a tormenta, e as ondas se acalmaram. Então, se alegraram com a bonança; e, assim, os levou ao desejado porto”. A oração tem poder!
O Poder da Oração – Por que tipo de coisas devemos orar?
A ajuda de Deus através do poder da oração está disponível para todos os tipos de pedidos e problemas. Filipenses 4:6-7 nos diz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”. Se você precisar de um exemplo de oração, leia Mateus 6:9-13. Esses versículos são conhecidos como a oração do Pai Nosso. O Pai Nosso não é uma oração que devemos memorizar e simplesmente recitar a Deus. É apenas um exemplo de como orar e as coisas que devem fazer parte de uma oração - louvor, confiança em Deus, pedidos, confissão, proteção, etc. Ore por esses tipos de coisas, mas fale com Deus usando suas próprias palavras.

A Palavra de Deus é cheia de narrativas que descrevem o poder da oração em várias situações. O poder da oração venceu inimigos (Salmo 6:9-10), venceu a morte (2 Reis 4:3-36), trouxe a cura (Tiago 5:14-15) e derrotou demônios (Marcos 9:29). Deus, através da oração, abre os olhos, transforma corações, cura as feridas e dá sabedoria (Tiago 1:5). O poder da oração nunca deve ser subestimado, pois ela se baseia na glória e poder do Deus do universo infinitamente poderoso! Daniel 4:35 proclama: “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

QUERO CAMINHAR COM DEUS

No começo Deus criou Adão e Eva.  Eles eram inocentes de qualquer pecado e viviam em comunhão com seu Criador (Gênesis 3:8).  Contudo, eles pecaram ao comerem o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e ficaram espiritualmente separados de Deus (Gênesis 2:16-17;  3:11-12).  Além de perderem sua comunhão com Deus, eles também foram expulsos do Jardim do Éden.

A Bíblia é a história do desenvolvimento do plano de Deus para restaurar a comunhão dele com o homem.  Deus não deseja estar afastado do homem e assim ele providenciou, através de Jesus Cristo, um meio do homem ser restaurado na comunhão com seu Criador. A comunhão divina é um privilégio, mas precisamos entender como é estabelecida e mantida.


A comunhão divina é um privilégio, mas precisamos entender como é estabelecida e mantida.
A palavra grega mais freqüentemente traduzida como "comunhão," por definição e uso bíblico, dá o sentido de participação num interesse ou projeto comum.1 No Novo Testamento, a palavra é sempre usada em assuntos espirituais, nunca para atividades sociais. A palavra envolve, usualmente, dois elementos:  relação e ação.  Quando duas ou mais pessoas têm um interesse espiritual em comum por causa de sua relação espiritual, elas têm comunhão ao participarem desse interesse comum.  Sem essa relação, a participação em algum interesse ou trabalho não constitui comunhão no sentido bíblico da palavra.  Duas pessoas que são cristãs têm uma relação de comunhão;  ambas pertencem à família espiritual de Deus.  Quando elas co-participam de responsabilidades espirituais, elas têm comunhão entre si e com Deus.  As palavras "comunhão" e "irmandade" são confundidas, às vezes, mas "comunhão" quase sempre significa co-participação, enquanto "irmandade" ressalta a relação.

O apóstolo João escreveu o seguinte:  "Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta:  que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.  Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.  Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 João 1:5-7).  O homem não pode caminhar na escuridão, isto é, viver no pecado, e ter comunhão com Deus. A pessoa que nunca pecou está caminhando na luz, como estavam Adão e Eva antes de seu pecado no Jardim.

O problema com a humanidade é que, com exceção de Jesus, todas as pessoas responsáveis têm pecado!  Paulo concluiu em sua carta aos Romanos, "pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (3:23).  Jesus obedeceu a vontade do Pai perfeitamente (Hebreus 4:15), mas todos os outros homens, tanto judeus como gentios, têm pecado e assim não podem ter comunhão com Deus, baseados nas suas próprias obras perfeitas.  Quando o homem peca, seu pecado o separa de seu Criador e ele não pode gozar da comunhão com Deus (Isaías 59:1-3).  O profeta Amós perguntou, "Andarão dois juntos, se não houver entre eles um acordo?"  (3:3).  Deus não será parceiro no pecado.  Se andarmos nas trevas, teremos de andar sem Deus!

Felizmente, Deus providenciou outro meio para o homem ser justificado.  Para todos os que têm pecado, a comunhão com Deus só é possível através da fé, isto é, através do evangelho.  Somente aqueles que foram perdoados de todos os pecados passados podem ser participantes com Deus.  Podemos ser perdoados de nossos pecados através do sacrifício de Jesus Cristo, uma manifestação da graça de Deus (Romanos 3:21-26;  4:5-8, 23-25;  5:1-2; 6:17-18).  Quando somos batizados em Cristo, deixamos o império das trevas e somos transportados para o reino da luz (Gálatas 3:26-27;  Colossenses 1:13).  Tornamo-nos partes da família espiritual de Deus e estabelecemos uma relação de comunhão com o Pai, com Jesus Cristo e com todos os cristãos que constituem esta irmandade (João 3:3-5;  1 Pedro 1:3; 1 João 1:1-3,5).

Uma vez que tenhamos estabelecido esta relação espiritual com nosso Pai do céu, tornamo-nos participantes de nossa salvação com ele.  Tornamo-nos participantes da divina natureza, isto é, temos que ser santos como aquele que nos chamou é santo (1 Pedro 1:15-16;  2 Pedro 1:4;  Hebreus 12:10).  Tornamo-nos participantes dos sofrimentos de Cristo quando suportamos a perseguição por sua causa (1 Pedro 2:21;  4:13;  2 Coríntios 1:5). Tornamo-nos participantes com nossos companheiros cristãos na meta comum de glorificar Deus (Efésios 3:20-21; 1 Pedro 2:9).


A manutenção de nossa comunhão com Deus exige que continuemos a andar na luz, como ele está na luz (1 João 1:7).  Andar na luz não significa perfeito conhecimento das Escrituras.  Nossa comunhão com o Pai não foi estabelecida na base do perfeito conhecimento das Escrituras, nem é mantida nessa base.  Um dos exemplos de conversão a Cristo no livro de Atos é a do carcereiro filipense  (Atos 16:19-34).  Ele ouviu a mensagem da salvação e obedeceu ao evangelho na mesma noite, estabelecendo uma comunhão com Deus.  É óbvio que ele não tinha perfeito ou completo conhecimento da Palavra de Deus inteira.  Contudo, aqueles que estão em comunhão com Deus precisam estudar a Palavra e crescer em conhecimento.  A palavra de Deus está disponível para nós e não podemos usar a ignorância como uma desculpa para a desobediência.  Os novos cristãos precisam alimentar-se com o "leite," isto é, as bases da Palavra e, com o crescimento, estarão aptos a aceitar a carne da Palavra (1 Coríntios 3:1-2;  Hebreus 5:11-14).

O filho de Deus tem que estar sempre pronto para se arrepender de qualquer pecado cometido em sua vida e confessá-lo, buscando o perdão (1 João 1:9).
Caminhar na luz também não significa uma vida sem pecado.  Pelo contrário, João escreveu, "Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 João 1:7).  Ao mesmo tempo que estamos andando na luz, estamos sendo purificados pelo sangue de Jesus, indicando que o cristão que anda na luz pecará ocasionalmente.  De fato, João afirmou que o cristão que declara não ter cometido pecado está enganado e a verdade não está com ele (1 João 1-8). O apóstolo João, certamente, não estava encorajando o pecado, mas em vez disso estava observando que os cristãos pecarão e podem ser perdoados desses pecados (veja 2:1-2).  Ele também afirmou que o cristão não pode continuar no pecado (1 João 3:7-10;  veja também Romanos 6:1-11).  O filho de Deus tem que estar sempre pronto para se arrepender de qualquer pecado cometido em sua vida e confessá-lo, buscando o perdão (1 João 1:9).

Deus deseja que seus filhos tenham comunhão uns com os outros.  A comunhão com outros homens depende de nossa comunhão com Deus.  Como foi observado anteriormente, quando nos tornamos filhos de Deus, também nos tornamos parte de uma irmandade espiritual.  Há um sentido no qual todos os filhos espirituais de Deus compartilham uma fé comum e uma salvação comum  (Tito 1:4;  Judas 3).  No primeiro século, os grupos locais de santos se encontravam para adorar a Deus e para trabalhar juntos pela causa de Cristo. Eles partilhavam o ensinamento do evangelho, tanto pessoalmente como pelo sustento dos pregadores do evangelho (Gálatas 6:6;  Filipenses 1:3-5;  4:15).  Eles partilhavam a educação mútua.  Eles tinham comunhão na celebração da ceia do Senhor (Atos 2:42;  1 Coríntios 10:16), no canto de louvor a Deus e na oração.  Os cristãos primitivos compartilhavam suas coisas materiais como os santos que tinham necessidade (Romanos 15:26;  2 Coríntios 8:4; 9:13).  O escritor de Hebreus observou que aqueles cristãos que deixavam de congregar com outros cristãos para participar de tais atos de comunhão estavam no pecado (Hebreus 10:24-25).


Assim como Deus não terá comunhão com o pecado, também nós precisamos recusar participação no erro.  Paulo escreveu,  "E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas;  antes, porém, reprovai-as" (Efésios 5:11).  Os cristãos em Corinto aceitavam como fiel um irmão em Cristo que estava cometendo fornicação e Paulo repreendeu-os, observando que eles precisavam disciplinar o irmão que estava errando (1 Coríntios 5). Quando os da igreja se afastaram do irmão pecador, eles estavam reconhecendo publicamente o fato que ele já tinha quebrado sua comunhão com Deus e que eles também não podiam mais ter comunhão com ele.  O apóstolo João escreveu que não podemos dar apoio ou encorajamento àqueles que ensinam falsas doutrinas ou nos tornaremos participantes do erro deles.

Adão e Eva perderam sua comunhão com Deus por causa do pecado, mas, graças a Deus, através de Jesus Cristo podemos novamente gozar da comunhão com nosso Criador. O que foi perdido no Jardim do Éden pode ser conseguido mais uma vez em Cristo.  Que bênção e que privilégio caminhar diariamente com Deus agora, esperando aquele dia quando poderemos viver eternamente em sua presença, no céu!

­por Allen Dvorak

DE QUE LADO DEUS ESTÁ?

TEXTO BASE: (Atos 7.9) “Os patriarcas, invejosos de José, venderam-no para o Egito; mas Deus estava com ele”.
INTRODUÇÃO: É comum nos preocuparmos mais com as circunstâncias que nos cercam do que com a presença de Deus em nossas vidas. Medimos o sucesso ou o fracasso pelos fatos naturais e não raramente chegamos a conclusões equivocadas sobre a justiça do Senhor e seu respaldo à nossa caminhada.
1. QUANDO DEUS ESTÁ DO NOSSO LADO: A Bíblia diz que José foi vendido por seus próprios irmãos como escravo para o Egito, mas “Deus estava com ele”. Isso pode ser bem difícil de entender. As circunstâncias eram absolutamente adversas e tenebrosas. Um jovem tirado com terrível violência da casa de seu pai e levado a uma terra estranha para trabalhar à força... Ninguém desejaria tal sorte... “Mas Deus estava com ele!”. Naquele momento e por longos anos que se seguiram, esta verdade esteve obscura aos olhos de todos e, talvez em alguns momentos, aos olhos do próprio José. Convenhamos, não é fácil perceber a presença de Deus num calabouço frio ou em meio a sucessivas traições por parte das pessoas, mas a verdade é que, apesar das circunstâncias, o Senhor estava presente e respaldando a vida daquele hebreu. Enquanto José enfrentava duras e prolongadas lutas, Deus estava “nos bastidores” preparando o cenário para “a hora da virada”, trabalhando em seu favor.
2. QUANDO DEUS NÃO ESTÁ DO NOSSO LADO: Agora o oposto também acontece. Muitos confundem circunstâncias aparentemente favoráveis com a presença e a benção do Senhor, quando na verdade Ele já se apartou de suas vidas ou deixou de respaldá-las em determinados projetos. Foi isso que aconteceu com Sansão. Homem consagrado desde o ventre materno, Sansão contava com o favor de Deus e desta maneira venceu muitos inimigos. Num determinado momento, porém, ele negociou sua santidade, brincou com o pecado. Deitado nos braços de uma prostituta, iludido com inúmeras lembranças de como o Senhor o havia usado até então, Sansão achou que mais uma vez seria livrado sobrenaturalmente das mãos dos filisteus. Estava enganado. A Bíblia nos conta que os inimigos o capturaram e o levaram à desgraça “porque ele não sabia ainda que já o Senhor se tinha retirado dele” (Juízes 16.20). De uma hora para outra, a segurança de um homem temido por todos caiu, por terra pelo simples fato de que Deus não estava mais ao seu lado, apesar das circunstâncias até então, não terem revelado tal ausência.
3. DE QUE LADO DEUS ESTÁ?: Existe uma pergunta que devemos fazer em todo o tempo em relação à nossa vida e às diversas áreas que a envolvem: De que lado Deus está? Ele está ao meu lado ou se apartou de mim? Tenho o seu respaldo ou Ele tirou suas mãos? A resposta nem sempre está nas circunstâncias. Você pode passar por terríveis e duradouras tribulações e o Senhor estar guerreando ao seu lado, como aconteceu com José. Por outro lado, pode andar de vento em popa na vida, vendo tudo dar certo em seu favor e, como Sansão, não contar mais com o respaldo da presença de Deus.
4. CUIDADOS E VIGILÂNCIAS: Um dia Asafe entrou em profunda confusão por ignorar esta verdade. Seu testemunho no Salmos 73 nos dá conta de que seus pés “quase resvalaram” (v. 2). Aquele ministro da Casa de Deus chegou à beira da apostasia. E porque? Simplesmente porque começou a olhar a prosperidade dos ímpios, sua riqueza e saúde, enquanto ele, servo do Altíssimo, passava por privações e calamidades. Asafe chegou à conclusões distorcidas. Achou que o Senhor não se preocupava com ele e abençoava os infiéis. Quase se rebelou e o teria feito se a misericórdia de Deus não lhe tivesse aberto os olhos. Então ele percebeu que a aparente prosperidade dos profanos nada mais era do que um laço que os conduziria à ruína eterna... Só então o homem voltou a si e entendeu que, apesar das lutas, Deus estava jogando no seu time e, mais cedo ou mais tarde, a virada iria acontecer. Quando você estiver em tribulação, não pergunte porque? Não tente entender tudo. Apenas dedique-se a buscar uma resposta: Deus está ao meu lado ou está contra mim nisto? Da mesma maneira, quando estiver vivendo tempos de bonança, não relaxe, não pense que sua prosperidade é sempre fruto da aprovação do Senhor. Sonde o seu coração e pergunte-se: Deus está comigo nesta subida maravilhosa ou estou apenas sendo projetado para uma terrível e vertiginosa queda?
5. ANDE NOS CAMINHOS DE DEUS: Talvez você esteja indagando: “Mas como saberei de que lado Deus está? Se as circunstâncias nem sempre o revelam, como saberei?”. Deus está sempre ao lado dos fiéis! Sua aliança é para com aqueles que andam em aliança. Antes de dizer a Josué: “Eu estarei contigo por onde quer que andares”, o Senhor impôs a condição: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” (Josué 1.7-8). É em aliança com Deus que nós descobriremos de que lado Deus está.
CONCLUSÃO: Em cada circunstância de sua vida, especialmente na adversidade, tenha apenas a preocupação de sondar seu coração e avaliar se você está andando nos princípios eternos, de acordo com a Palavra e a vontade do Senhor revelada ao seu coração. Se você tem esta certeza, descanse e esteja certo de que Ele está ao seu lado. A escravidão, o calabouço, a traição são apenas circunstâncias que passarão. Se o Senhor joga com você, a virada vai chegar antes do apito final... Agora, se sua infidelidade ou independência te distanciou de Deus, você não tem a mínima chance. Tudo pode parecer muito bem, mas você vai provar o sabor amargo da derrota. É melhor voltar atrás, antes que seja tarde.